Análise do Fardo das Doenças relacionadas com contaminantes ambientais

Análise do Fardo das Doenças relacionadas com contaminantes ambientais [NI-SERV-2020-37]

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Análise do pesos das doenças relacionada com a exposição a contaminantes ambientais (poluentes do ar, contaminantes químicos), incluindo uma avaliação económica da situação respetiva.

Visão geral do serviço/conhecimento

Este tipo de análise considera uma abordagem hierárquica, com passos sequenciais. Considerando um poluente do ar específico e/ou contaminante químico, o primeiro passo consiste em determinar a exposição ao ser humano através de dados disponíveis nas plataformas de monitorização do ar, artigos científicos e outras bases de dados. O segundo passo necessita que a definição de endpoint de saúde seja considerada na análise, a seleção de fatores de resposta-exposição e a definição de modelo de doença, bem como o recurso a uma análise determinística ou probabilística. Depois da recolha de todos estes dados, segue-se o cálculo do fardo da doença e a avaliação económica. Aqui, a primeira abordagem considera a definição de métricas para expressar os resultados (por exemplo, DALYs, QALYs, VSL). Por último, uma abordagem integradora irá recolher os resultados fornecidos e executar uma análise com base em evidências para uma saúde pública e intervenção ambiental mais eficaz.

Esta avaliação compreensiva, incluindo a análise do impacto nos domínios da saúde e da economia, contribui com um conhecimento aprofundado para apoiar a criação de medidas o mais rentáveis possível para a saúde publica, no que diz respeito à exposição da população a poluentes no ar e/ou contaminantes químicos e o aparecimento de novas doenças. As escolhas feitas por políticos, empresas e cidadãos, na próxima década, irão determinar quando e de que forma a Europa atinge as suas ambições, nomeadamente o desaparecimento da poluição. Este serviço proporciona a informação de apoio necessária para diminuir a poluição do ar, dando conhecimento prático das suas características, de problemas de saúde associados e custos estimados. Com isto, é possível também determinar o progresso resultante de ações políticas identificando assim quais as melhores opções e quais as melhores decisões a tomar com base em evidências científicas.

Vantagens competitivas

Uma análise compreensiva que considera o impacto na saúde e economia precisa de uma equipa multidisciplinar para preencher todos os domínios necessários. De momento, diversos estudos estão disponíveis à população portuguesa, mas não contêm todos estes aspetos. Esta estrutura é inovadora em Portugal e contribui não só ao estabelecimento de novas medidas preventivas, mas também à determinação do progresso da implementação de medidas atuais.

Aplicações

O resultado obtido através de uma análise do fardo ambiental de doenças, com a inclusão destas dimensões, fornece, aos responsáveis pela legislação, dados baseados em evidência científica, permitindo uma avaliação dos custos e benefícios de medidas políticas (por exemplo, legislação para reduzir os níveis de poluição do ar, proibição do uso de certos químicos), não só numa perspetiva progressista depois da implementação, mas também os custos da não-implementação.

Mais detalhes

Martins C, Vidal A, De Boevre M, De Saeger S, Nunes C, Torres D, Goios A, Lopes C, Alvito P, Assunção R, (2020) Burden of disease associated with dietary exposure to carcinogenic aflatoxins in Portugal using human biomonitoring approach. Food Research International. 134:109210. DOI: 10.1016/j.foodres.2020.109210.

Ougier E, Fiore K, Rousselle C, Assunção R, Martins C, Buekers J (2021) Burden of osteoporosis and costs associated with human biomonitored cadmium exposure in three European countries: France, Spain and Belgium. International Journal of Hygiene and Environmental Health, 234, 113747. DOI: 10.1016/j.ijheh.2021.113747.

Assunção R, Martins C, Viegas S, Viegas C, Jakobsen LS, Pires S, Alvito P (2018) Climate change and the health impact of aflatoxins exposure in Portugal–an overview. Food Addit Contam – Part A Chem Anal Control Expo Risk Assess, 35(8):1610–21. DOI: 10.1080/19440049.2018.1447691

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